sexta-feira, julho 27, 2007

Violência no 1º festival Monta a tenda


Este último fim-de-semana (22Julho) realizou-se o 1º festival monta a tenda no campo desportivo do casal dos claros em coucinheira. Estiveram presentes várias bandas do concelho e bandas de hip hop de Lisboa. A TAIL (a tuna do Isla) da qual eu sou membro foi uma das convidadas para para a abertura do certame.

Nesse dia a tuna deslocou-se ao festival por convite com o intuito de promover o seu nome, e passar uns bons momentos. Quando lá chegamos deparamo-nos com um ambiente pouco familiar que nada tinha a ver com o nosso género musical, mas estamos em permanentes manifestações sociais e culturais muito díspares, optamos por ficar para juntar esta ao nosso currículo.

Ninguém iria prever que o primeiro festival monta a tenda, dos muitos eventos realizados por este grupo de jovens da coucinheira, se tornasse num espectáculo de gente selvagem à procura pancadaria gratuita. Houve mesmo um elemento da organização incitando aos desacatos, motivos pelo qual me indignei, repúdio, e me motivou a escrever, para a opinião pública.

A meu ver a organização depois dos espectáculos terminarem, não tomou medidas necessárias de segurança para receber estes confrontos sociais em conjunto para os restantes participantes. Nada fazia prever que bandas e movimentos hip hop que se afirmam anti-racismo defendem a violência gratuita e não tenham educação nem o discernimento, de como se comportam pessoas civilizadas.

Depois da actuação fomos para o nosso canto ouvimos outras bandas e optamos por continuar a nossa festa junto ás nossas tendas, quando a noite já ia longa, e pernoitava na minha tenda, fui interpelados por um elemento da organização e vários pessoas de Lisboa de bandas, onde me identificaram como o "o gajo que gozou connosco " rapidamente percebi que estavam ali para arranjar problemas, antes de ser agredido ao murro e ao pontapé , rapidamente tentei arrumar as minhas coisas e em conjunto com a minha namorada decidimos ir embora. Há entrada fomos barrados onde me fizeram uma espera. Fui humilhado, esmurrado pontapeado, acabei por rasgar o meu traje ao tentar fugir de ser linchado, e nisto roubaram-me o telemóvel quando dei por falta do casaco. Procurei auxílio da organização, que nada fez, encontrei abrigo numa barraca de comes e bebes e consegui fugir. Presentemente fui obrigado apresentar queixa contra as pessoas envolvidas na situação. Lamento a falta de civismo que um pouco por toda a parte por vezes somos vitimas, e o desrespeito que existe, pelas pessoas que andam na estrada a cantar por amor a camisola.

Para uma primeira iniciativa faço um péssimo balanço, muitos aspectos que falharam. Apesar de lesado com algumas marcas para a vida, termino com as palavras "perdoem-lhes senhores, porque eles não sabem o que fazem".

Patrício Gaspar

Leiria


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