sábado, fevereiro 18, 2006

Portugal está virado num grande casino

Portugal está virado num grande casino

Fazem-se apostas em Portugal todas as semanas que correspondem a duas vezes o valor do deficit português. Portugal está seduzido com promessas falazes pelos jogos de fortuna ou azar. Temos de compreender de uma vez por todas, que do jogo não vem nada mas sim, do suor ou o trabalho do homem. Há pessoas que vivem mal e os poucos euros que têm apostam-no no jogo e caiem na cadeia de marketing muito bem feita por sinal, iludidos de vir a calhar o bafejado prémio. Maior parte das pessoas não sabe, mas o dinheiro que este povo anda a investir no “Euromilhões”, está a ser canalizado para fora do país e a empobrecer a economia já de si frágil. Temos de compreender que o português vive na ilusão que um dia será bafejado pela sorte, a julgar pelas fortunas esbanjadas no jogo. Estas actividades em Portugal são muito lucrativas. Veja-se a polémica em torno do famoso site de apostas que patrocina a liga portuguesa. Os próprios casinos portugueses têm vindo a alegar a "ilegalidade" deste patrocínio e a reclamar do Governo medidas para pôr termo ao contrato, válido até 2009. As concessionárias de casinos alegam ser detentoras do exclusivo de exploração de jogos de fortuna ou azar, em virtude dos contratos de concessão celebrados com o Estado, a troco dos quais pagam contrapartidas da ordem dos 60% das suas receitas. O jogo está de tal forma enraizada que há uma cultura de lobbies em volta dela e uma tremenda hipocrisia para fazer algo pelos inconscientes portugueses, cheios de esperança na sua desgraçada sorte. Já nos jogos da Santa casa da misericórdia, o dinheiro é investido não se sabe bem em quê, pensa-se em obras de caridade e outros em Lisboa, ou parte-se do princípio que o seja, porque ninguém sabe o que é feito deste dinheiro. Continuamos a desenvolver as capitais de Portugal e injectar dinheiro ás paletes e bem empacotado direitinho para os cofres dos que tem os bolsos bem abertos.
Vamos jogar mais conscientemente por nós e pelos outros.

Patricio