quarta-feira, abril 23, 2008

A sinistralidade e a sua condução

In "jornal das meirinhas" abril

A minha escolha para este mensuário recaiu para o tema que a mim me toca particularmente. Todos os dias faço dezenas de quilómetros na estrada e observo comportamentos desprezíveis pela vida do ser humano. O valor do homem está todos os dias em causa e a ausência de amor pela própria vida é posta a prova dado um comportamento desviante dos demais condutores que sofrem com essas consequências pelo facto de circularem na estrada.

De facto os condutores portugueses são (re)conhecidos pelos estrangeiros como aceleras. No quotidiano vivemos em permanente stress, e sobra tempo para tudo menos para conduzir e passar tempo na estrada, “Time is Money”. Os automóveis estão cada vez mais potentes e seguros, e existe uma promiscuidade, relação causa efeito entre o abuso e a segurança.

È preciso saber fazer contas, quanto vou precisar para chegar ao destino? Comecei a fazer o seguinte dar pelo menos uma tolerância de 15minutos quando me vou reunir com um cliente, a prevenção numa viagem curta, custa o mesmo tempo que uma longa viagem e a avaliação de risco é igual, o melhor conselho é sair um pouco mais cedo.

Por outro lado temos as pessoas que quando conduzem não o fazem de uma forma consciente, se beber não conduza, valerá o mote das campanhas a julgar pelos números sim! As campanhas multiplicam-se e de facto, um marcou-me particularmente, observei de perto um carro cujo condutor faleceu e teve de ser desencarcerado. O embate desfez metade do carro, observei como “bom português “e intriguei-me como era possível haver espaço para alguém no meio daquelas latas, e não era, o carro tinha entrado em despiste e seria projectado para um prédio de dois andares não houve sobreviventes. Estes assuntos podem de facto marcar pela diferença, aos mais sensíveis dado que as histórias repetem-se vezes sem conta, tantas quanto o número de acidentes, mas de certo que não passam despercebidas para quem utiliza todos os dias o volante e não sabe se chegara ao destino. Não podia deixar passar esta época de começo primaveril com um Abril e de águas mil, para que não haja outro tanto em mortes na estrada. Vamos ser conscientes, utilizar uma condução inteligente, reflectindo que não só nós frequentamos as estradas, mas também outros veículos (pessoas).

Não menos importante serão os comportamentos desnecessários ao bom funcionamento do veículo, porque se necessitamos de veículos para ajudar nas deslocações, este também deve ser tratado com o devido respeito, eu talvez contra mim falo, mas é necessário uma atitude de reconhecimento. A actual situação económica não é formosa para andar a despender dinheiro em combustíveis supérfluos, as empresas pensam cada vez mais em novas soluções para reduzir custos, e taxas de emissão, pois a um curto prazo todas as emissões para a atmosfera serão limitadas, uma vez que o protocolo de Quioto apertará o cerco à massificação das economias emergentes como é o caso da Europa. Fica o conselho e boa condução para todos!